11 mar 2025

Conferência sobre Inovações no Tratamento de Doenças Oculares, com a Dra. Sílvia Ligório Fialho, Pesquisadora na Fundação Ezequiel Dias (Funed) e coordenadora do grupo de pesquisa OcuDDel (Ocular Drug Delivery).

No dia 10 de março de 2025, o eixo temático Tecnologia Farmacêutica e Cosmética deu início às atividades de 2025 com a Conferência sobre Inovações no Tratamento de Doenças Oculares com a Dra. Sílvia Ligório Fialho, pesquisadora da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e coordenadora do grupo de pesquisa OcuDDel (Ocular Drug Delivery).

A Dra. Sílvia Ligório Fialho abordou as dificuldades no tratamento de doenças oculares, destacando as inovações desenvolvidas pelo grupo OcuDDel. E apresentou propostas inovadoras focadas no delivery ocular de medicamentos, um campo fundamental para melhorar a eficácia e a segurança dos tratamentos oftalmológicos.

O grupo de pesquisa OcuDDel da Fundação Ezequiel Dias (Funed) concentra seus esforços no desenvolvimento de formulações farmacêuticas para o tratamento de doenças oculares, com um foco particular em implantes biodegradáveis. Esses implantes são voltados para o tratamento de doenças do segmento posterior do olho, especialmente do vítreo e da retina. Além disso, Além disso, o grupo trabalho com sistemas nano estruturados para aplicação tanto tópica quanto intraocular, visando melhorar a entrega de medicamentos nos diferentes compartimentos oculares.

A Dra. Fialho também mencionou o uso de peptídeos e proteínas extraídas de venenos de serpentes, aranhas e escorpiões, que são amplamente utilizados na Funed. O carro-chefe da instituição são os venenos, que representam uma rica fonte da biodiversidade brasileira, essencial para o desenvolvimento de novos fármacos. Esses venenos, com propriedades únicas, têm mostrado grande potencial para o tratamento de várias doenças oculares, além de outras condições médicas, ampliando as possibilidades terapêuticas e de inovação na área farmacêutica.

A moderação da conferência ficou a cargo do Acad. Acácio Alves de S. Lima Filho, presidente emérito da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, que conduziu as discussões e esclareceu dúvidas de uma audiência de mais de 170 pessoas. A coordenação do eixo temático foi liderada pela Acad. Eliana Martins Lima, acadêmica titular da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil.

O evento foi promovido pelo Programa Educacional da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, que realiza atividades gratuitas com o apoio de importantes mantenedores, como EMS, Sindusfarma, Eurofarma, HyperaPharma, Abafarma, Abifina, BD, FCEPharma, Hypofarma, ICF, Sincamesp, Stevanato Group e Wheaton Brasil.

O evento destacou o papel da pesquisa acadêmica na busca por soluções mais eficazes e seguras para a saúde ocular, sendo mencionada a importância do Prêmio Pio Corrêa de Inovação em Ciências Farmacêuticas da Biodiversidade Brasileira tem o objetivo de incentivar pesquisadores e reconhecer pesquisadores atuantes nas diversas áreas das Ciências Farmacêuticas, com ênfase nas contribuições para a biodiversidade brasileira.

III Prêmio Pio Corrêa de Inovação em Ciências Farmacêuticas da Biodiversidade Brasileira , em 2025, irá premiar projetos inovadores nas áreas de cosméticos, medicamentos, produtos de higiene, suplementos alimentares e vacinas, com pesquisas e desenvolvimento realizados no Brasil, podendo haver parcerias internacionais.

O lançamento oficial e abertura do Edital será no dia 24.03.2025 durante o evento IV Seminário Internacional de IFA LATAM da ABIQUIFI.

https://abiquifi.org.br/IFA-LATAM/

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23 fev 2025

Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil anuncia a incorporação do Dr. Ogari Pacheco como Membro Honorário

A cerimônia solene de incorporação do Dr. Ogari Pacheco como Membro Honorário da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil foi realizada no dia 20 de fevereiro de 2025, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O evento contou com a presença de autoridades e personalidades importantes do cenário farmacêutico e político, destacando-se pela celebração da trajetória e das contribuições de Pacheco para o avanço das ciências farmacêuticas.

O proponente e Presidente da Sessão Solene, Deputado Estadual Barros Munhoz, recebeu na mesa diretora da sessão Fabio Prieto, Secretário de Estado de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, que representou o Governador Tarcísio de Freitas; Eduardo Gomes, Senador pelo Estado de Tocantins; Carlos Gadelha, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, representando a Ministra Nísia Trindade.

O Acad. Dante Alario Junior, Presidente da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, em seu discurso, ponderou sobre a trajetória de pessoas bem-sucedidas como o Dr. Ogari Pacheco, citando a reflexão: “Quando crianças, ouvimos histórias; quando adultos, fazemos histórias; quando idosos, contamos histórias; e quando nós formos desta vida, viramos história.” Essa reflexão tocou profundamente os presentes que saudaram com palmas o discurso.

A Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, que completou 100 anos de sua constituição no ano passado (foi instituída em 10 de setembro de 1924), tem sido uma das principais forças motrizes para o desenvolvimento das ciências farmacêuticas no Brasil. O Presidente ressaltou que a “Academia estimula seus associados a buscar incessantemente o estudo, a pesquisa, a educação, o desenvolvimento profissional, o debate e a divulgação das atividades científicas e tecnológicas no campo das ciências farmacêuticas e áreas afins. Seu papel vai além de promover o conhecimento, atuando como um órgão consultivo e informativo, promovendo o intercâmbio científico e cultural, tanto no âmbito nacional quanto internacional. Seus membros são responsáveis por tornar a Academia uma referência nas questões relacionadas às ciências farmacêuticas, sempre defendendo a ciência, a transparência, a valorização da vida, do ser humano e do meio ambiente.

 

 

 

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20 fev 2025

Acácio Alves de Souza Lima Filho recebe a “Medalha de Ouro Moacyr Álvaro 2025”

Durante a cerimônia de abertura do 47º SIMASP – Simpósio Internacional Moacyr Álvaro, realizada no dia 20 de fevereiro de 2025, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, o Acadêmico e Presidente Emérito Acácio Alves de Souza Lima Filho foi homenageado com a “Medalha de Ouro Moacyr Álvaro 2025”. A medalha foi entregue em reconhecimento às suas contribuições significativas no campo da Oftalmologia e na prevenção da cegueira, áreas nas quais tem se destacado ao longo de sua carreira.

A honraria, outorgada pelo Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina, é destinada a premiar personalidades que desempenham um papel fundamental no avanço da oftalmologia, refletindo a dedicação do Dr. Acácio Alves de Souza Lima Filho no aperfeiçoamento das práticas que promovem a saúde ocular e visam a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas.

 

Medalha de Ouro Moacyr Álvaro

Em sua homenagem foi criada em 1955 a Medalha de Ouro Moacyr Álvaro, destinada a premiar personalidades que tenham contribuído de maneira significativa para o desenvolvimento da oftalmologia mundial.

Moacyr Álvaro foi Professor Catedrático da Escola Paulista de Medicina, fundador e Diretor Executivo da Associação Pan-Americana de Oftalmologia. Foi também membro do Conselho Internacional de Oftalmologia e diretor da Revista da Sociedade Sul-Americana de Oftalmologia.

O jovem oftalmologista estabeleceu vários contatos do Brasil com o exterior. Como fundador da Associação Pan-Americana de Oftalmologia, propiciou a troca de conhecimentos e a realização de congressos internacionais em toda a América Latina, globalizando a Oftalmologia latino-americana. Por tudo isso, Moacyr Álvaro é considerado um dos “pais” da Associação Pan-Americana de Oftalmologia e o primeiro oftalmologista brasileiro a internacionalizar nossa oftalmologia. Moacyr Álvaro faleceu em Julho de 1959.

O CEO, Centro de Estudos em Oftalmologia Prof. Dr. Moacyr Álvaro, foi criado em homenagem ao empreendedorismo e entusiasmo deste ícone da oftalmologia brasileira e latino-americana.

 

ACÁCIO ALVES DE SOUZA LIMA FILHO

Graduado em Farmácia e Bioquímica pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (1971) e Doutorado em Ciências Visuais pelo Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (2003). Chefiou o Setor de Farmacologia Ocular do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP-EPM no período de 1999 a 2013. Membro do Conselho do Instituto da Visão, do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP-EPM. Participou como Membro do Conselho da FIPFARMA – Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Vice-Presidente da Academia Nacional de Farmácia. Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Oftalmologia. Diretor Geral e Sócio da Empresa Ophthalmos S/A.

 

Agraciados com a Medalha de Ouro Moacyr Álvaro

com 67 anos de história, dentre os homenageados, destacam-se ilustres personalidades:

  • Alan Scott
  • Alfred Sommer
  • Almiro Pinto Azeredo
  • Alvaro Ferrioli
  • Antônio Salim Curiati
  • Armando de Arruda Novaes
  • Armando Gallo
  • Benjamin F. Boyd
  • Carsten Heinz Helmut Meyer
  • Cesário de Andrade
  • Charles Kelman
  • Claes Dohlman
  • Claudio Luiz Lottenberg
  • Claudio Silveira
  • Cristian Luco
  • David E. I. Pyott
  • David W. Parke II
  • Edilberto de Campos
  • Escola Paulista de Medicina (EPM)
  • Evaldo Campos
  • Fabio Feldman
  • Felipe A. Medeiros
  • Geraldo Queiroga
  • Gilberto Kassab
  • Hanaru Zauberman
  • Harley E. A. Bicas
  • Heitor Marback
  • Helena Bonciani Nader
  • Helio Egydio Nogueira
  • Hercílio Ramos
  • Hilton Rocha
  • Ivo Correa Meyer
  • Jacob Moyses Cohen
  • João Alberto Capiberibe
  • João Orlando Ribeiro Gonçalves
  • João Penido Burnier
  • José Alberto Tozzi
  • José Belmiro de Castro Moreira
  • José Carlos Gouvêa Pacheco
  • José Luiz Gomes do Amaral
  • José Pereira Gomes
  • José Roberto Ferraro
  • José Serra
  • Kenneth R. Kenyon
  • Leon Ellwein
  • Liana Ventura
  • Luis Eurico Ferreira
  • Luiz Roberto Barradas Barata
  • Luiza Erundina de Sousa
  • Mark J. Mannis
  • Mark S. Humayun
  • Miguel Burnier
  • Miguel Giannini
  • Moacyr Eik Álvaro
  • Nacime Salomão Mansur
  • Nassim Calixto
  • Nelson Marques
  • Newton Kara José
  • Paschoal Martinez
  • Peter J. McDonnell
  • Peter R. Laibson
  • Philip J. Rosenfeld
  • Rafael Ernane Almeida Andrade
  • Renato de Toledo
  • Ricardo Affonso Ferreira
  • Robert Ritch
  • Robert Weinreb
  • Rubens Belfort Mattos
  • Rubens Belfort Mattos Junior
  • Stephen D. Mcleod
  • Stephen Ryan
  • Tim Sear
  • Victor Siaulys
  • Walter Feldmann
  • Walter Gonçalves de Freitas
  • Werther Duque Estrada

Medalha de Ouro Moacyr Álvaro

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09 fev 2025

1º Encontro Informal de Acadêmicos e Acadêmicas da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil Reúne Participantes de Diversos Estados e Países.

No dia 6 de fevereiro de 2025, das 18h00 às 20h00 (horário de Brasília), ocorreu o 1º Encontro Informal de Acadêmicos e Acadêmicas da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, um evento online que proporcionou uma valiosa oportunidade de integração entre os membros da instituição. Organizado pelo Diretor Social da Academia, Acad. Henry Suzuki, o encontro contou com a participação de acadêmicos de diversas regiões do Brasil, como Amapá, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, além de representantes internacionais da Espanha e do Peru.

Com um caráter informal, o evento teve como principal objetivo promover a interação entre os membros da Academia, proporcionando um espaço para que compartilhassem suas histórias de vida e experiências profissionais. A diversidade geográfica e cultural dos participantes refletiu a abrangência e a importância da instituição, que reúne profissionais de diferentes estados brasileiros e até de outros países.

O encontro foi marcado por um ambiente descontraído e colaborativo, onde os participantes tiveram a oportunidade de se conhecer melhor e estabelecer novos laços. Durante o evento, alguns acadêmicos compartilharam suas paixões e hobbies, como o surf e o xadrez, enquanto o café, além de ser um tema comum entre todos, revelou algo ainda mais interessante: algumas famílias de acadêmicos possuem plantações de cafés especiais.

Essa iniciativa reforça o compromisso da instituição em promover eventos que estimulem o engajamento, a troca de saberes e o fortalecimento dos laços entre seus membros, consolidando a Academia como um espaço cada vez mais dinâmico e colaborativo.

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08 fev 2025

Andrey Vilas Boas de Freitas Assume a Presidência Executiva da ABIFINA

Andrey Vilas Boas de Freitas é o novo presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA). Economista, advogado e mestre em Administração, Andrey traz consigo mais de 25 anos de experiência no serviço público federal, com passagens por cargos estratégicos nas áreas de regulação econômica, concorrência e políticas públicas.

“Estamos certos de que sua liderança contribuirá significativamente para o fortalecimento da indústria nacional de química fina, ampliando o papel da ABIFINA no cenário nacional e internacional. Acreditamos que sua visão estratégica será fundamental para buscar soluções inovadoras e eficazes, que não apenas favoreçam o setor, mas também impulsionem o avanço da ciência e tecnologia no Brasil.”, afirma Dr. Dante Alario Junior, presidente da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil (ACFB).

Em nome da ACFB, o Dr. Alario Junior também fez questão de parabenizar Andrey Vilas Boas de Freitas por sua nomeação como presidente executivo da ABIFINA “É com grande entusiasmo que saudamos essa nova liderança.”, declarou. A ABIFINA é mantenedor da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil.

Agora, à frente da ABIFINA, Freitas trabalhará para ampliar o papel da entidade no desenvolvimento do setor, buscando soluções que fortaleçam a indústria nacional de química fina.

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03 fev 2025

Nota de Pesar Falecimento do Dr. João Paulo Silva Vieira, ocorrido hoje, 03 de fevereiro de 2025

É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento do Dr. João Paulo Silva Vieira, ocorrido hoje, 03 de fevereiro de 2025. O Dr. João Paulo, com sua trajetória de vida exemplar, marcou de maneira indelével a história das Ciências Farmacêuticas, da Medicina Militar e da Saúde Pública no Brasil.

 

Presidente Emérito – gestão 2017 a 2019 – da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil/Academia Nacional de Farmácia, foi Membro Titular da Academia Brasileira de Farmácia Militar, Membro Titular da Academia Brasileira de Medicina Militar, Membro Efetivo da Academia Brasileira Maçônica de Letras e Membro Titular e fundador da Academia de Letras e Artes Lusófonas, de Portugal.

Possui vários trabalhos publicados, livros e texto em livro, na área científica, poética e principalmente na historiografia militar e Farmacêutica.

É detentor das seguintes condecorações – “Medalha Militar de Ouro, por contar mais de 30 anos de serviço ao Exército Brasileiro; Medalha do Pacificador, do Exército Brasileiro; Medalha da United Nation Emergency Force, ONU, Batalhão Suez; Medalha “Prêmio Nobel da Paz”, outorgada pela ONU a todos os integrantes  do Batalhão Suez; Medalha General Farmacêutico Augusto Cesar Diogo, outorgada pelo Laboratório Químico Farmacêutico do Exército; Medalha do Mérito Farmacêutico, do Conselho Federal de Farmácia; Medalha da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil/Academia Nacional de Farmácia; Medalha da Academia Brasileira de Farmácia Militar; e Medalha da Academia Brasileira de Medicina Militar”.

 

Discurso realizado pelo Dr. João Paulo

 

A elevada importância da Farmácia científica que se avultava na Europa no final do século XIX e no primeiro quartel do século XX, com a formação de entidades de classe, máxime na Itália, na Alemanha, na França e na Espanha, muito estimulou e contribuiu para se fundar no Brasil congêneres, que se tornassem porta-vozes da profissão, daí o surgimento de associações e sociedades farmacêuticas em vários estados da nossa federação.

Magnetizado pela ideia e corroborando tal assertiva, um grupo de profissionais fundou no dia 24 de agosto de 1913, a União Farmacêutica de São Paulo, com finalidade científica, tecnológica e cultural.

Enlevado pelo arquétipo da capital paulista, no dia 20 de janeiro de 1916, foi instituída na cidade do Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Farmacêuticos, reunindo profissionais de projeção nacional, como Rodolpho Albino Dias da Silva, Oto Serpa Granado, Carlos Benjamin da Silva Araújo, João Vicente de Souza Martins, Abel Elias de Oliveira, Virgílio Lucas dentre muitos outros nomes proeminentes da Farmácia d’antanho.

O Doutor João Vicente de Souza Martins, quando então Presidente da recém concebida Associação, vocacionado e encorajado, apresentou em 24 de abril de 1924 a luminar ideia da criação de uma instituição acadêmica de cunho essencialmente cultural e que congregasse profissionais Farmacêuticos de assinalado saber científico.

E em 10 de setembro do mesmo ano, em Assembleia Geral, em obediência ao disposto na nova redação dos Artigos 79, 80 e 81,  consolidou-se a ideia de criação da Academia Nacional de Farmácia, que teria como finalidade primacial estudar, discutir, estimular e divulgar em seus variados aspectos, as ciências aplicadas à Farmácia; bem como assessorar os governos Federal, Estadual e Municipal em tudo que for de interesse público e referente aos ramos científicos da Farmácia em particular  e das ciências da saúde em geral.  Em consequência o Estatuto da Associação passou a ter a seguinte redação: “Quando o número de Membros do Conselho Científico da Associação atingir o número de cinquenta, será transformado na Academia Nacional de Farmácia”.(sic)

– Destarte, a data de 10 de setembro do ano de 1924,  consolidou-se como o “MARCO ZERO” de concepção da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, sendo comemorado neste ano de 2024, o centenário de tamanha efeméride..

Nunca será enfadoso tecer loas à memória do notável Professor Souza Martins, idealizador e edificador do nosso sodalício, e pelos seus desmedidos méritos, foi com justiça guindado a ser seu primeiro Presidente e seu primeiro Presidente de Honra.

-Transcorreram-se os anos…

E o tempo, valendo mais de uma década, continuava   a   abrolhar   os  objetivos do Professor Souza Martins, congregando cada vez mais os profissionais que se alteavam em seus laboratórios e obedientes a expressão – “faça segundo a arte – formando destarte uma plêiade de homens e mulheres que se tornaram ícones da cultura científica farmacêutica brasileira daqueles tempos.

Foi quando, treze anos após àquela predição, no memorável 13  de  agosto  de 1937, uma sexta-feira invernosa na Maravilhosa Cidade do Rio de Janeiro, consolidou-se o tão sonhado ideário de criação da –  ’Academia Nacional de Farmácia’’ – cognominada a partir de então como a “Casa da Farmácia Científica do Brasil”. Na ocasião, o conspícuo Professor Souza Martins eternizou o ato com o   seguinte   registro:   “Ufanoso   estou   em  haver  idealizado  a Academia Nacional de Farmácia.  É o feliz marco de uma iniciativa que cresceu, floriu e bem elevou a valência dos Farmacêuticos  brasileiros. (sic)

Tempos depois, em 21 de abril de 2017, na gestão do Acadêmico Lauro Domingos Moretto, quando da convocação de uma Assembleia Geral  Extraordinária,   realizada  em  sua  sede  social  no  Rio  de  Janeiro, foi aprovada por unanimidade a mudança do nome oficial do sodalício para uma denominação mais hodierna,  representativa e abrangente de – ‘’Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil’.                                                                                              E o decorrer desses 87 anos de existência do nosso silogeu,  empreendendo laboriosas atividades em prol das ciências farmacêuticas do País, foram assinalados com apresentação de inúmeros atividades culturais como jornadas, cursos, simpósios,  palestras em diferentes rincões da Pátria e no exterior; publicação de dezenas de livros, promoção e participação em todos os Encontros da Associação Ibero-americana das Academias de Farmácia, fosse em solo  pátrio  ou  no exterior, além de inúmeras ações em defesa da classe, dentre muitas outras e incontáveis diligências na difusão da cultura científica farmacêutica e da saúde em geral.

Neste átimo, não nos é dado olvidar, o reconhecimento pelo trabalho hercúleo dos ínclitos ex-Presidentes da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, aos quais, neste ensejo, rendemos um preito de perene gratidão.

Cada um, a seu tempo, consolidou-se em uma plêiade de devotados   Acadêmicos   com     espírito      de      abnegação     e desprendimento, entendendo e atendendo a tão prodigiosa faina, como obstinados cultuadores das boas letras, das ciências farmacêuticas e do humanismo, os quais nominamos a seguir em ordem cronológica:

  1. Acadêmico João Vicente de Souza Martins
  2. Acadêmico Virgílio Lucas
  3. Acadêmico Oswaldo de Almeida Costa
  4. Acadêmico Carlos Benjamin da Silva Araújo
  5. Acadêmico Abel Elias de Oliveira
  6. Acadêmico Gerardo Magella Bijos
  7. Acadêmico Olyntho Luna Freire do Pillar
  8. Acadêmico José Eduardo Alves Filho
  9. Acadêmico Mario Taveira
  10. Acadêmico Oscar de Morais D’Utra e Silva
  11. Acadêmico Militino Cesário Rosa
  12. Acadêmico Antenor da Fonseca Rangel Filho
  13. Acadêmico Luiz Affonso Juruena de Mattos
  14. Acadêmico Evaldo de Oliveira
  15. Acadêmico Geraldo Halfeld
  16. Acadêmico Caio Romero Cavalcanti
  17. Acadêmico Lauro Domingos Moretto
  18. Acadêmico João Paulo Silva Vieira
  19. Acadêmico Acácio Alves de Souza Lima Filho
  20. Acadêmico Michel Kfouri Filho, e o atual Presidente,
  21. Acadêmico Dante Alario Junior.

A terminação deste breve histórico sobre a Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil, concito a todos os membros do sodalício – Farmacêuticos, Médicos, Dentistas e Médicos-Veterinários, além de outros confrades afinizados com as ciências da saúde mas não inseridos nas profissões citadas, a prosseguirem resolutos na
azáfama pela manutenção da altiva posição ocupada pela nossa instituição em âmbito nacional,  na difusão da cultura das ciências farmacêuticas em particular e das ciências da saúde em geral;  nos cuidados e na defesa de uma sociedade melhor assistida nos parâmetros da saúde, contribuindo para o  banimento dos males e dos entraves que a cada dia assolam a população, posicionando destarte a Academia como um autêntico e benfazejo baluarte representativo da profissão Farmacêutica no Brasil.

– Muito obrigado e tenham todos uma boa noite.

São Paulo, SP, 16 dezembro 2024.

João Paulo S. Vieira-Presidente Emérito

 

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23 jan 2025

Professor Seizi Oga visita o Espaço Memória das Ciências Farmacêuticas no Brasil.

Professor Seizi Oga é Professor Titular de Toxicologia do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.

Foi recepcionado pelo Presidente Emérito Acácio A. de S. Lima Filho e o Acadêmico Titular José Antonio de O. Batistuzzo, o Professor Seizi Oga conheceu o acervo museológico e bibliográfico mantido pela Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil.

Professor Seizi Oga e o Presidente Emérito Acácio A. de S. Lima Filho

Professor Seizi Oga e o Acadêmico Titular José Antonio de O. Batistuzzo

 

 

 

 

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20 jan 2025

Homenagem ao Dia do Farmacêutico – 20 de Janeiro

No Dia do Farmacêutico, comemorado em 20 de janeiro, a Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil se une em uma homenagem a todos os profissionais que desempenham um papel fundamental na promoção da saúde, no cuidado e bem-estar da sociedade.

Em tempos de evolução tecnológica e constante inovação no campo da saúde, os farmacêuticos trazem avanços para a prática clínica, farmacêutica e industrial.

A Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil se orgulha de representar uma categoria que, com profissionalismo e humanidade, atua incansavelmente em busca de uma saúde mais justa e acessível a todos.

Aos farmacêuticos de todo o país, o nosso reconhecimento, respeito e gratidão.

Feliz Dia do Farmacêutico!…

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17 dez 2024

Solenidade Marca Incorporação de Helder Mota-Filipe como Correspondente Estrangeiro (Portugal) da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil

No último dia 16 de dezembro de 2024, a Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil (ACFB) realizou a cerimônia de incorporação do Professor Doutor Helder Mota-Filipe, de Portugal, como Correspondente Estrangeiro da instituição. A solenidade, que teve lugar no Espaço Memória das Ciências Farmacêuticas, sede da ACFB na cidade de São Paulo, foi marcada por discursos, homenagens e uma importante conferência sobre “Ciência Regulamentar e a Saúde Pública”, proferida pelo próprio Prof. Dr. Mota-Filipe.

A mesa diretora da solenidade foi composta por Acadêmico Presidente Dante Alário Júnior (gestão 2023-2025) e os Presidentes Eméritos, Acadêmicos Lauro Domingos Moretto, João Paulo Silva Vieira, Acácio Alves de Souza Lima Filho e Michel Kfouri Filho.

Entre as autoridades presentes na cerimônia estavam Iara Froelich, Presidente da Unifar – União Farmacêutica de São Paulo, e Sergio Slan Zarwar, Diretor do Instituto Racine. O evento foi presencialmente acompanhado por 24 pessoas, enquanto 18 participaram de uma transmissão simultânea, destacando a presença internacional de Agustin Garcia Asuero, Presidente da Academia Iberoamericana de Farmácia.

Durante seu pronunciamento de abertura, o Acadêmico Dante Alário Júnior enfatizou a relevância da presença de um Correspondente Estrangeiro no fortalecimento das parcerias internacionais da ACFB, particularmente com as instituições europeias, destacando a relação com Portugal. A importância dessa colaboração transatlântica foi amplamente destacada ao longo da cerimônia, especialmente com o reconhecimento da trajetória profissional do novo membro.

A Acadêmica Titular Nilce Cardoso Barbosa, responsável por apadrinhar a indicação do Prof. Dr. Helder Mota-Filipe, fez um discurso emocionado de saudação, destacando sua vasta experiência e contribuição à Farmácia (acesso o discurso ACFB_Posse Membro Correspondents Estrangeiro_Heder Mota-Filipe_Saudação_20241216).

Em seguida, o Presidente Emérito Acácio Alves de Souza Lima Filho, junto à Acadêmica Titular Nilce Cardoso Barbosa, realizou a aposição do Colar Acadêmico, enquanto o Acadêmico Presidente Dante Alário Júnior outorgou o diploma de Correspondente Estrangeiro ao novo membro.

Helder Mota-Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos de Portugal e Doutor em Farmacologia pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, proferiu a conferência “Ciência Regulamentar e a Saúde Pública”, abordando os desafios e as perspectivas da regulamentação farmacêutica e sua interação com as políticas de saúde pública, temas de extrema relevância para a sociedade moderna. Sua experiência internacional também foi destacada por suas funções como Professor Associado na Universidade de Lisboa e Honorary Senior Lecturer na Queen Mary University of London.

A solenidade também contou com uma palestra histórica do Presidente Emérito da ACFB, Dr. João Paulo Silva Vieira, sobre o passado e a evolução da Academia, que serviu como marco para o ato de descerramento da placa da Galeria de Presidentes da instituição.

O Acadêmico Dante Alário Júnior, em seu discurso, enalteceu os esforços dos ex-presidentes que contribuíram para o fortalecimento da Academia, ressaltando que a ACFB celebra, neste ano, um marco de 100 anos de sua fundação e atividades no Brasil.

Conheça o discurso BREVE HISTÓRICO DA ACADEMIA DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DO BRASIL

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09 dez 2024

Farmacopeia brasileira 230 de uma trajetória em construção

A abertura da exposição ocorreu em 09.12.2024 na sede da ANVISA, em Brasília.

A exposição “Farmacopeia Brasileira – 230 anos de uma trajetória em construção” estabelece um espaço que promove a reflexão sobre o processo evolutivo desse tema no Brasil como uma rede complexa e ativa. Esta rede inclui profissionais, pesquisadores e instituições que contribuem para a construção contínua da farmacopeia nacional, garantindo qualidade e segurança aos medicamentos e dispositivos médicos, impactando significativamente na saúde e no bem-estar da população.

As farmacopeias são compêndios oficiais elaborados por cientistas e aprovados por autoridades de saúde, que definem padrões mínimos de qualidade, autenticidade e pureza para substâncias farmacêuticas, medicamentos e outros produtos. Elas contêm, monografias distribuídas em capítulos, e funcionam como referência científica para garantir a qualidade e orientar a fiscalização desses produtos. A palavra “farmacopeia” tem origem no grego antigo φαρμακοποιΐα (pharmakopoiia), composto por φαρμακο- (pharmako-), que significa “remédio”, seguido do radical verbal ποι- (poi-), que significa “produzir”, e pela terminação abstrata -ια (-ia). A combinação desses elementos pode ser entendida como ″fabricação de medicamentos″ ou “fazer um medicamento” (DE OLIVEIRA; DE SOUZA LIMA FILHO; MORETTO, 2022, p. 49).

Entre os séculos II e III d.C., o historiador grego Diógenes Laércio utilizou o termo “Farmacopeia” para descrever a arte de preparar medicamentos, marcando um de seus primeiros registros históricos. O médico francês Jacques Du Bois deu uma nova vida ao termo ao adotá-lo como título de sua obra Pharmacopoeae, libri tres, em 1548. Mais tarde, em 1561, Anuce Foës, também médico francês, utilizou o termo com a publicação de Pharmacopoea Mediomatrica em Basileia, Suíça (URDANG, 1952, p. 538).

Foi somente em 1573, com a publicação da segunda edição da Pharmacopoeia Augustana, em Augsburg, Alemanha, que o termo começou a ser adotado para designar uma norma farmacêutica oficial. A primeira edição, de 1564, ainda trazia o título Enchiridion, mas na segunda edição o termo Pharmacopoeia se consolidou, embora coexistisse com outras designações, como antidotarium e dispensatorium. A partir de então, o termo foi gradualmente ganhando predominância na Europa, até se consolidar entre o final do século XVI e início do XVII (URDANG, 1952, p. 539).

Esse processo de consolidação gerou diversos marcos históricos na Europa e influenciou também outros contextos, como a publicação da Pharmacopeia Geral para o Reino e Domínios de Portugal, em 1794, por ordem da Rainha D. Maria I. Este foi o primeiro código farmacêutico oficial no Brasil colonial, marcando o início de uma trajetória que resultou na consolidação da Farmacopeia Brasileira, cujo legado se estende por 230 anos.

Estes mais de dois séculos de história se entrelaçam com um processo de longa duração, marcado por influências que atravessam períodos, culturas e continentes, desde as antigas civilizações da Mesopotâmia até a publicação da 7ª edição da Farmacopeia Brasileira. Vamos explorar essa fascinante trajetória, destacando como as farmacopeias se moldaram através das interações entre pessoas, práticas e a rica biodiversidade que nos cerca, com cada um de seus agentes históricos sendo ativos na produção da existência do que hoje entendemos como a prática farmacêutica no Brasil.

A exposição estará aberta ao público em geral do dia 10 a 20 de dezembro, no período das 9h às 18h, na sede da Anvisa.

Os visitantes poderão apreciar painéis com reproduções de documentos históricos, incluindo alguns da antiguidade, da Idade Média e os primeiros exemplares das mais renomadas farmacopeias modernas, com ênfase nos períodos colonial, imperial e republicano do Brasil que são parte do acervo do Espaço Memória das Ciências Farmacêuticas da ACFB.

A ação, conta com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (Acessa), Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac), Grupo Farma Brasil, Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Luft Logistics, Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos) e do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).…

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