01 fev 2018

MICHELINE MARIE MILWARD DE AZEVEDO MEINERS

DISCURSO PROFERIDO NA POSSE DA ACADEMIA
NACIONAL DE FARMÁCIA EM 19/05/2017.

Quero expressar minha imensa alegria por desfrutar desse momento único, de posse na Academia Brasileira de Ciências Farmacêuticas, com meus colegas e amigos de longa data: Maria Rita, Nilton e Carlos. É um orgulho e uma honra ter sido distinguida por aqueles que me indicaram, nosso Presidente, Prof. Lauro Moretto, através de quem transmito meus cumprimentos a todos os Acadêmicos, juntamente com meus agradecimentos por terem acolhido a
indicação de meunome para compor essa Academia. Agradeço a presença de meus familiares – minha mãe Elisabeth e meu filho Bernardo que são a razão das minhas conquistas, além do meu irmão Helio Bernardo e meu sobrinho
Pedro Gabriel – e também aos amigos que vieram compartilhar deste momento especial para mim e são companheiros de jornadas.

Desde que recebi o convite, refleti bastante sobre minha história de vida pessoal e profissional. Afinal, são quase 30 anos de formada, que foram vividos intensamente. Quando conheci um pouco da história do meu Patrono, Prof. Dr.
LUIZ AFFONSO JURUENA DE MATTOS, pensei sobre em que poderíamos ter em comum, uma vez que o mesmo sempre viveu no Rio de Janeiro e se dedicou ao longo de sua carreira as áreas da química orgânica e inorgânica e
aos radioisótopos. Interessante não? Como nossa profissão é tão rica e com tantas áreas de atuação?? Então, de repente eu encontrei a semelhança!! É isso, não em que nós atuamos como profissionais, mas no como atuávamos:
intensamente, com interesses diversos, nos inserindo cedo nos órgãos representativos da nossa profissão e exercendo dentro delas funções de liderança.

Neste aspecto é que somos semelhantes: desde que me formei atuei em várias áreas da farmácia: farmácia de manipulação, de dispensação, hospitalar, assistência farmacêutica na atenção primária. Cedo ingressei no sindicato e no CRF-DF e logo depois no CFF, onde fui presidente da Comissão de Farmácia e, depois, Coordenadora do CEBRIM. Também assumi a delegacia da OFIL no Brasil e consegui estruturá-la para organizar um congresso internacional.

Então, em 2001, por indicação do CFF fui para a OPAS/OMS atuar no Secretariado do Fórum Farmacêutico das Américas. Em Washington encontrei uma nova paixão profissional: trabalhar com Doenças Crônicas Não
Transmissíveis. Voltei para o Brasil para atuar no MS e, depois, novamente na OPAS Brasil nessa área.

Outra semelhança com meu Patrono: Dr Luiz Affonso, depois de seu doutorado, sempre foi professor. Eu comecei a me dedicar a docência um pouco mais tarde, em 2001 e, depois novamente quando voltei ao Brasil, a
partir de 2005. Entretanto, foi a partir de 2011, depois que saí da OPAS Brasil, que me dediquei com exclusividade a Universidade de Brasília. Opção que fiz tanto para fazer meu doutorado e também porque queria compartilhar meus
conhecimentos.

Hoje no mundo acadêmico temos uma pressão para produzir conhecimentos.

Mas o que mais me dá mais prazer é estar envolvida com pessoas, com novos desafios. Por isso recentemente assumi uma chefia de setor no Hospital Universitário de Brasília. Ou seja, esta inquietação, esta vontade de superar
novos desafios e melhorar é como quero assumir meu compromisso com a Academia.

Dr. Luiz Affonso nos deixou a 11 anos depois de uma vida profícua. Assim, recebo o reconhecimento e a honra de tornar-me Acadêmica, com muita responsabilidade e pretendo manter com dedicação e trabalho sua cadeira, a
cadeira 58 desta Academia.

Muito Obrigada,
Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners